quinta-feira, 23 de junho de 2011

Ambientalistas assassinados no Pará são enterrados em Marabá

Policiais investigam assassinato de casal de ambientalistas no ParáO casal de agricultores foi assassinado na segunda-feira 23/5 no assentamento onde moravam em Nova Ipixuna, sudeste do estado.imprimir Em Belém, foi enterrado na quarta-feira 25/5 o casal de ambientalistas assassinado depois de denunciar um esquema de extração ilegal de madeira na Amazônia. As polícias Federal e Civil investigam o crime. imagens lembravam a história de luta pela preservação da floresta. Nas faixas, indignação e esperança. Assim foi o velório de José Claudio Ribeiro e Maria do Espírito Santo. “Não me conformo com o que aconteceu com minha irmã e com meu cunhado”, lamentou Alzira Araújo, irmã da vítima.O casal de agricultores foi assassinado na segunda-feira 23/5 no assentamento onde moravam em Nova Ipixuna, sudeste do Pará. Os dois lideravam na região um projeto de extrativismo sustentável de castanha e de cupuaçu e denunciavam a retirada ilegal de madeira. Segundo parentes, os extrativistas vinham sendo ameaçados de morte há pelo menos seis anos.“Ela falou para mim que as ameaças vinham de um grupo de fazendeiros, que era a parte mais interessada na morte dela”, contou José Francisco Silva, filho da http://xn--vtima-zsa.As polícias Civil e Federal se reuniram para definir como será o trabalho conjunto de investigação. A Secretaria de Segurança do Pará determinou que três delegacias investiguem o caso. Ainda essa semana devem ser ouvidos parentes das vítimas e moradores do assentamento onde o casal foi morto.“O governo do estado não vai admitir esse tipo de problema. A equipe está toda mobilizada e só vai desmobilizar com a elucidação dos fatos”, afirmou Luiz Fernandes, secretário de Segurança Pública do Pará.Movimentos em defesa dos direitos humanos reagiram à morte do casal. Segundo a Comissão Pastoral da Terra, só no ano passado 18 pessoas foram assassinadas no Pará em conflitos no campo.“Ainda se mata hoje no Pará, porque alguém defende a floresta. Isso é muito grave. Em um estado que está dentro da Amazônia, defender a Amazônia está correndo risco de morrer”, declarou Jane Silva, coordenadora da Comissão Pastoral da Terra.
“A gente precisa parar com ciclo de impunidade. Se fizer isso, talvez ajude que outras pessoas que pensem em praticar crimes freiem e percebam que a sociedade não aceita mais isso”, observou Marco Apolo, representante da Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos

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